ATO PÚBLICO DA GREVE EM CACHOEIRA DO SUL
SIPROM e CPERS, juntamente com a categoria ocuparam a Praça José Bonifácio, na rua Sete de Setembro, nesta manhã de quinta-feira, para um ato público da Greve Nacional da Educação Pública. Mais de 200 professores, entre estaduais e municipais, participaram do ato público que teve como objetivo esclarecer a comunidade sobre os motivos da Greve:
- garantia do cumprimento imediato e integral da lei federal nº 11.738, que vincula o piso salarial profissional nacional à carreira do magistério e garantia de 1/3 da jornada de trabalho destinado a hora atividade, do professor;
- 100% dos royalties do petróleo para a educação;
- 10% do PIB;
- PNE;
- garantia dos direitos trabalhistas. A atividade contou com a presença da Professora Neiva Lazaroto - Diretora Central do CPERS, que veio de Porto Alegre exclusivamente para fortalecer o ato, assim como Alci Inácio Klein, Secretário de Organização e Política Sindical da FEMERGS, que participou da caminhada da Educação, no dia anterior.
Em praça pública, tanto a professora Neiva Lazaroto, como a Presidente do SIPROM, professora Elaine Netto Paz e a professora Gleci Hoffmann, Diretora do 4º Núcleo do CPERS, fizeram seus pronunciamentos, mais uma vez manifestando o descontentamento da classe com os governantes que não cumprem a Lei do Piso, que é um direito de todos os professores.
Os dirigentes sindicais, também esclareceram outras necessidades das escolas públicas como a falta de condições adequadas para o trabalho, ainda foram destacados outros motivos da greve, por exemplo: ACE - Acordo Coletivo Especial, anteprojeto de lei que está em análise na Casa Civil do Governo Federal, e deverá ser enviado em breve para votação no Congresso Nacional. Esse é um dos maiores ataques aos trabalhadores, no último período e, se aprovado, representará um futuro retrocesso e precarização das condições de trabalho no Brasil. O ACE, se aprovado, permitirá acordos que, por exemplo, permitem a divisão das férias em mais de 2 períodos; pagamento parcelado do 13º salário, até mesmo em parcelas mensais; além de outras manobras. Durante o ato, várias escolas, alunos e pais levaram faixas e cartazes, os professores fizeram panfletagens, registrando esse momento histórico. Alguns professores lamentaram o não comparecimento dos colegas mas, para a Diretoria do SIPROM, o mais importante é o fato polítco, a ação sindical e a união demonstrada pela categoria que fez com que a mídia e a sociedade voltassem suas atenções para os problemas enfrentados pela educação, pelos professores e, principalmente, pelo não cumprimento da Lei do Piso, por parte dos governantes.
A luta sindical busca uma educação de qualidade, com foco na valorização do profissional da educação.